Na Mongólia, as distâncias são grandes, sendo precisos vários dias na estrada para se chegar a alguns lugares. No entanto, num só dia é possível ver uns quantos pontos de interesse perto de Ulaanbaatar. Através do Danista Nomads Tour Hostel (onde ficámos alojados), alugámos um carro com motorista, e fomos conhecer 4 sítios nos arredores da capital mongol.
Memorial de Zaisan (Зайсан)
O Memorial de Zaisan é uma homenagem aos soldados mongóis e soviéticos mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Localizado numa colina, o memorial apresenta uma obra circular, retratando cenas de amizade entre a União Soviética e a Mongólia.
Para se lá chegar, é necessário subir mais de 300 degraus, mas é uma subida que vale muito a pena. Lá em cima, somos recompensados pelo esforço com uma vista panorâmica de toda a cidade.
Estátua de Chinggis Khaan
Gengis Khan, Genghis Khan ou ainda Chinggis Khaan (grafia que eu prefiro, por ser a versão mais próxima do seu original, Чингис Хаан), foi um imperador mongol. Os seus feitos são inegáveis: venceu a Grande Muralha da China e foi um dos militares mais bem sucedidos. Começou ainda o Império Mongol. Esse império foi o maior em área contígua e o segundo maior a nível de área total. Hoje, há uma estátua gigante em sua honra.
A estátua equestre de Chinggis Khaan foi construída em 2008, tem 40 metros e encontra-se no meio do nada. A localização parece estranha, mas, segundo a lenda, terá sido naquele local que Chinggis Khaan encontrou um chicote de ouro.
Para mim, o melhor desta estátua é a possibilidade de se subir até à cabeça do cavalo! Lá de cima, tem-se uma visita panorâmica lindíssima, e ficamos mesmo frente a frente ao imperador.
O espaço conta ainda com um museu onde há duas exposições. Uma delas cobre objectos arqueológicos da Idade do Bronze, como utensílios quotidianos, fivelas e facas. A outra exposição centra-se no período do Grande Khaan nos séculos XIII e XIV.
Parque Nacional de Gorkhi-Terelj
O Parque Nacional de Gorkhi-Terelj é um parque natural cheio de formações rochosas interessantes. Há uma zona mais a sul que está orientada para turistas, com restaurantes, lojas de lembranças, e gers. No entanto, a maior parte do parque não é de fácil acesso.
Não explorámos o parque todo, mas o que o distingue são mesmo as suas rochas, que atraem muitos alpinistas. Uma das rochas mais interessantes é a chamada Rocha da Tartaruga, cujo nome se deve à sua forma. Armados nós também em alpinistas, subimos essa rocha para termos uma visão diferente daquele espaço.
Templo de Meditação de Aryabal
No Parque Nacional de Gorkhi-Terelj encontra-se o Templo de Meditação de Aryabal. Foi construído em 1810, em estilo tibetano. Entre 1937 e 1939, o regime comunista da Mongólia destruiu o templo, matando alguns monges no processo… Só em 2000 é que se iniciou um projecto de restauração deste templo, que durou até 2007. Hoje, o templo não está activo como retiro para monges, mas pode ser visitado. Em alguns dias do ano, monges de outros templos vêm aqui celebrar certos serviços religiosos.
Para se chegar ao templo principal, é necessário subir 108 graus de pedra. À volta do templo em si, encontram-se 108 rodas de oração. Sim, o 108 é um número importante no budismo, representando os desejos mundanos (acções ou pensamentos que nos afastam do crescimento espiritual).
Esta foi a subida que mais me custou até hoje. Não pela dificuldade do exercício em si, mas devido à tosse que me acompanhava desde Moscovo. Quando fazia um pouco mais de esforço, a tosse aparecia, deixando-me ainda mais cansada. Em todos os templos e igrejas onde entrei, pedia para que a tosse se fosse embora. Aqui, não foi excepção. Antes de chegar à China, ela desapareceu. Não sei qual dos deuses ou santos atendeu o meu pedido, mas agradeci a todos, desde os ortodoxos até às divindades budistas.
[…] 7 dias que passei na Mongólia, 4 foram dedicados a percorrer o interior do país, e um a explorar locais perto da capital. Sobravam 2 dias para Ulaanbaatar (Улаанбаатар). Num deles, tive de trabalhar, o que me […]