Victoria, no Canadá, é conhecida pelos seus passeios de observação de baleias no seu habitat natural. Chegando a época mais propícia para os avistamentos, resolvi embarcar numa nova aventura, aguardando com expectativa a altura em que iria ver mais de perto este animal tão majestoso.
Havia mais de duas horas que andávamos do mar, sem se avistarem as tão desejadas baleias. O Oceano Pacífico fazia jus ao seu nome: tudo era calmo. Apesar do vento gelado que me batia fortemente na cara, deixando-me com os lábios secos e os olhos a lacrimejar, não queria voltar a terra sem vislumbrar pelo menos meio centímetro de baleia.
Compreendendo a desilusão que sentíamos e vendo a réstia de esperança que ainda existia naquela pequena embarcação, o marinheiro resolveu arriscar. Contra todas as ordens que tinha, passou – sem autorização – de águas canadianas para águas americanas, numa tentativa desesperada de fazer felizes as pessoas que com ele seguiam.
Respondendo aos nossos apelos e como recompensa pela coragem do marinheiro, o oceano começou a agitar-se. E no momento seguinte ali estavam elas, baleia mãe e baleia filha, timidamente a caminho do Hawaii. Eram baleias jubarte, também conhecidas como baleias-corcunda que, de tão compenetradas que estavam na sua jornada em busca de águas diferentes, vieram pouco à superfície. Apesar do seu corpo ter ficado maioritariamente submerso, ainda consegui tirar algumas fotografias, entre os vários “ah!” e “uau!” que involuntariamente exclamava.
Como se contemplar baleias não fosse suficiente, o marinheiro levou-nos ainda ao Race Rock Ecological Reserve, uma reserva ecológica da qual faz parte um farol e uma grande variedade de vida selvagem. Aí, tive o prazer de ver leões marinhos e focas, que aproveitavam, deliciados, os primeiros raios de sol quente. O inverno tinha sido rigoroso.
Regressei a terra com a sensação de missão cumprida. As baleias, essas, com certeza que chegaram felizes ao destino que procuravam. Assim como eu fiquei depois de as ter visto a cruzar ventos e marés.
Catarina, ando a ler todos os teus artigos sobre BC porque estou a tentar organizar uma viagem pelo Pacific Northwest e quero parar em Vancouver e Victoria! se tiveres algumas sugestões extra, não hesites em dizer-me! 🙂
Olá Ester! Tenho ainda muita coisa por escrever sobre Vancouver, Victoria e a Vancouver Island (onde se situa Victoria)! Em Vancouver aconselho muito o Capilano Suspension Bridge Park (há artigo sobre isso aqui no blogue), o Stanley Park, e a Vancouver Lookout, que tem uma vista incrível. Mas há muito mais para ver, dependendo dos gostos. Eu adorei o Science World, é um museu de ciência com imensas actividades, um pouco como o nosso Pavilhão do Conhecimento. Se gostas de mercados, tens de ir ao da Granville Island. Gastown é uma zona diferente mas interessante, com vistas lindas para o mar. Em Victoria, para além do Royal BC Museum, aconselho muito os Butchart Gardens (ambos com artigos por aqui) e os castelos de Craigdarroch e Hatley (ainda não estão por aqui, mas está para breve). De Victoria também vais muito facilmente para Seattle, se quiseres. Se tiveres alguma dúvida em particular, diz-me! 😀