Este artigo enquadra-se na iniciativa #euficoemportugal da ABVP – Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, e contou com o apoio do Turismo Centro de Portugal.
O Castelo de Almourol é um dos meus castelos preferidos em Portugal. Localizado numa pequena ilha no meio do rio Tejo, é um monumento simbólico da milícia medieval. Para além disso, o castelo está intimamente ligado aos Templários, o que faz aumentar o seu encanto.
O que podemos ver hoje, no entanto, em muito pouco tem que ver com o edifício original (anterior a 1129), nem com as modificações mais tarde introduzidas pela Ordem do Templo. Na verdade, durante o século XIX, a ideologia romântica dos monumentos medievais fez com que as estruturas fossem alteradas.
Independentemente das mudanças que sofreu ao longo dos tempos, um dos aspectos mais fascinantes deste castelo são as lendas que o rodeiam. Vamos conhecê-las?


Lenda de D. Ramiro
Nos primeiros tempos da Reconquista Cristã, um cavaleiro chamado D. Ramiro regressava da batalha contra muçulmanos. No seu caminho, encontrou duas mouras, mãe e filha, que acabou por matar. Entretanto, o filho e irmão dessas duas mulheres apareceu, e foi aprisionado pelo cavaleiro cristão.
D. Ramiro vivia no castelo com a sua mulher e com a sua filha, D. Beatriz. O jovem mouro, mesmo cativo, jurou vingança, através do assassinato da mulher e da filha de D. Ramiro. Todavia, acabou por se apaixonar por D. Beatriz, e o seu amor foi correspondido.
No entanto, D. Beatriz tinha sido prometida pelo pai a um cavaleiro cristão. Assim, os dois jovens viram-se sem alternativa, e acabaram por fugir, desaparecendo para sempre.
A lenda diz que, nas noites de São João, o casal aparece abraçado no alto da torre de menagem. A seus pés, D. Ramiro implora por perdão.


Lenda do emir Almouro
Almouro era um emir muçulmano, senhor de Almourol. A sua filha apaixonou-se por uma cavaleiro cristão, a quem revelou os segredos da entrada no castelo.
O cavaleiro cristão terá traído a jovem, usando a informação que ela lhe forneceu para invadir o castelo com os seus companheiros de armas.
Não querendo ficar cativo dos cristãos, o emir lançou-se ao rio, das altas muralhadas do castelo, abraçando a sua filha. Os dois desapareceram, tendo sido levados pelo rio Tejo.


Lenda de Palmeirim e do Gigante Almourol
O heróico cavaleiro Palmeirim de Inglaterra ficou a conhecer a história do gigante Almourol, que no seu castelo guardava a princesa Miraguarda. Acima de tudo, Palmeirim andava à procura de novas aventuras, pelo que foi em busca do castelo e do gigante, para com ele combater.
O duelo não foi fácil, deixando Palmeirim gravemente ferido. Devido às suas lesões profundas, a princesa aconselhou Palmeirim a retirar-se, e a desistir de novos combates durante um ano.
Contudo, antes que Palmeirim tivesse uma nova oportunidade para lutar, outro gigante apareceu. Dramusiando, o novo gigante, acabou por vender Almourol, ficando com a princesa e com o castelo.


Conhecias alguma destas lendas?
De qual gostaste mais?
Guia prático
Como chegar
A forma mais fácil de se chegar ao Castelo de Almourol é de carro, utilizando o GPS, uma vez que não existe uma morada completa. Qualquer aplicação de mapas para telemóvel saberá dar a indicação correcta, é só colocar Castelo de Almourol como destino. Deixo também as coordenadas: 08º23’02,301”W 39º27’43,126”N.
O castelo encontra-se numa ilha. Junto ao cais fluvial existe estacionamento para o carro. A única forma de aceder ao castelo é através de um barco, que tem capacidade para 10 pessoas. No entanto, a frequência dos barcos depende da afluência de pessoas.
Não deixes de conhecer também o Miradouro de Almourol, na margem oposta do rio Tejo. Este é o sítio perfeito para se ver o Castelo de Almourol de uma posição mais elevada. São cerca de 15 minutos de carro entre o cais do castelo e o miradouro.
Informação útil
Site: Castelo de Almourol
Horário: Todos os dias das 9h00 às 19h00
Preço: 4€ (inclui ida e volta no barco, entrada no Castelo, e entrada no Centro de Interpretação Templário de Almourol, em Vila Nova da Barquinha)
Morada: Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha (08º23’02,301”W 39º27’43,126”N)
Nota: Horários e preços à data de publicação deste artigo.
Alojamento
No dia em que visitei o Castelo de Almourol, fiquei alojada em Constância. É uma viagem que se faz muito bem de carro, demorando cerca de 10 minutos.
O espaço onde fiquei, o Constância AL, é um alojamento local extremamente agradável. Os anfitriões são muito simpáticos, e deixam sempre sumo de laranja, leite, pão e bolinhos para o pequeno-almoço, assim como uma pequena lembrança da região. A casa está totalmente equipada e é perfeita para um casal, ou para uma pessoa sozinha.
Em Vila Nova da Barquinha existem opções de alojamento, assim como em Torres Novas e na região circundante. De certeza que vais encontrar algo que te agrade.
Alojamento em Vila Nova da Barquinha
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