Vinte. Há quem considere muito, há quem considere pouco. Eu diria que é a conta certa. Estes foram os países que consegui visitar com o tempo e orçamento que tive até então – e com a ajuda de todas as oportunidades que foram surgindo. A alguns fui em trabalho e fiquei menos de uma semana, noutros fui à descoberta e a minha estadia durou mais de um mês. Tendo em conta que quero visitar o mundo inteiro (gosto de sonhar alto), ainda tenho muitos quilómetros para percorrer. Mas a verdade é que cada país me deixa um passo mais perto deste meu sonho. Aqui estão os primeiros 20, dos quase 200 (ou 250, dependendo de quem conta) que espero conhecer.
1. Portugal
O país que me viu nasceu e, para mim, o mais bonito de todos (admito que não sou imparcial). Já percorri Portugal de norte a sul, e fui a 3 das ilhas dos Açores. Conhecer o meu país é tão ou mais importante do que conhecer o resto do mundo, por isso todos os anos tento explorar algo de novo neste pequeno rectângulo à beira-mar. Há tanta coisa bonita para descobrir!
2. Espanha
Estando mesmo ali ao lado, é natural que Espanha tenha sido o segundo país que visitei. Não fui à capital: estive em Santiago de Compostela, Corunha, Burgos, Bilbao, e Valência. Passei por Barcelona a caminho de França quando era pequena, mas não tenho grandes memórias da cidade. Confesso que Espanha não está no topo da minha lista de países a conhecer, embora tenha consciência de que talvez seja um erro. Não sei porquê, mas simplesmente não chama por mim…
3. Alemanha
Tinha 9 anos da primeira vez que fui à Alemanha, e regressei ao país várias vezes depois disso. A minha tia vivia em Colónia, pelo que passei algumas semanas das férias de verão por lá. Estive em Colónia, em Düsseldorf e fui à Expo 2000 em Hannover. Mais recentemente, aproveitei o Interrail que fiz em 2015 para conhecer Berlim e a passagem de ano para 2017 foi em Dresden.
4. França
De França só conheço Paris. É uma cidade da qual gosto, mas não tenho uma paixão enorme por ela… Sei que irei regressar a Paris, até porque muito ficou para ver, como o Château de Versailles e subir ao último andar da Torre Eiffel (estava em obras na altura em que fui). Mas num futuro próximo queria-me concentrar em conhecer outras zonas deste país: cidades como Nantes ou Lyon estão na lista, e a Côte d’Azur parece ter o seu encanto.
5. Rússia
Fui à Rússia pela primeira vez em 2013, no âmbito de um projecto de voluntariado. Estive em Volgogrado e em Moscovo e apaixonei-me por este país de czares. Prometi a mim mesma que voltaria, e assim fiz. Em 2016 regressei à minha querida Rússia arranjando o transiberiano como desculpa, e explorei São Petersburgo, Moscovo, Irkutsk e Ulan Ude. Se quero regressar uma terceira vez? Sem dúvida! Se fosse mais perto e o visto não fosse tão burocrático, acho que ia lá todos os anos (ou ano sim ano não, vá).
6. Suíça
A Suíça não estava nos países a visitar tão cedo. Mas acontece que tenho um amigo que vive lá e já não o via há uns tempos. Juntei-me a um outro amigo que temos em comum, e resolvemos fazer-lhe uma surpresa. Assim me vi a caminho de Lausanne, para ir ver uma pessoa que não tinha ideia que eu iria aparecer. Foi, sem dúvida, das melhores surpresas que fiz a alguém. A Suíça, essa, também me surpreendeu: é linda e quero muito voltar!
7. Índia
Oh, a Índia… Que sonho! Estive apenas em Goa, e sei que o resto da Índia é bastante diferente, mas posso dizer com confiança que, para mim, este país é absolutamente maravilhoso. Acredito que seja um pouco como algumas pessoas dizem: ou se ama ou se odeia. Eu amei. Desses amores que duram para sempre. Um dos meus sonhos é percorrer a Índia de comboio, e sei que um dia o vou realizar.
8. Países Baixos
Dos Países Baixos estive apenas em Amesterdão. Foi o ponto de partida para a grande aventura de 2015, o Interrail. Gostei muito da cidade, os canais dão-lhe mesmo um encanto especial. Não visitei os moinhos nem os campos de tulipas (não era altura delas), por isso tenho de regressar ao país.
9. República Checa
Conheci a capital da República Checa, Praga, durante o Interrail. É daquelas cidades mágicas que nos fazem sentir bem-vindos e nos convidam a ficar por tempo indefinido. Foi assim que me senti por lá, enquanto percorria as suas ruas. Praga tem um encanto especial, como só ela. Em alguns aspectos, faz-me lembrar Lisboa, o que só pode ser um elogio.
10. Polónia
Em 2015 celebravam-se os 70 anos da libertação de Auschwitz, pelo que a Polónia foi logo incluída na lista quando estava a seleccionar os países para visitar durante o Interrail. Como o objectivo era mesmo ir aos campos de concentração, a cidade que explorei foi Cracóvia. Também dei um salto a Wieliczka, para conhecer as incríveis minas de sal (se puderes, vai lá! Prometo que vale a pena).
11. Áustria
Durante o Interrail, de Cracóvia segui para Viena e a Áustria passou a ser o 11º país que tive o prazer de visitar. Uma cidade imperial, Viena tem imensos edifícios bonitos, mas o que mais adorei foi o Palácio Schönbrunn. Só tenho pena de não ter visto uma ópera, mas era Agosto e a temporada já tinha terminado. Fica a promessa, voltarei a Viena para assistir a uma peça.
12. Hungria
Da Hungria conheci Budapeste, uma cidade dividida pelo rio Danúbio. Percorri a cidade quase toda, andando de um lado para o outro do rio, e adorei cada uma das suas pontes, todas tão diferentes umas das outras. Infelizmente, não fui às tão conhecidas termas (o tempo não deu para tudo). Irei agora em 2017 colmatar essa falha!
13. Sérvia
Conheci a Sérvia, mais concretamente Belgrado, por causa da Rússia. Eu explico: quando fui à Rússia pela primeira vez, não estava sozinha a fazer voluntariado. Éramos um grupo de 4 pessoas, entre elas uma rapariga da Sérvia. Mantivemos contacto, e 2 anos depois estava eu a visitá-la no seu país natal. Se não tivesse conhecido a Katarina, Belgrado continuaria a ser uma incógnita para mim, porque talvez não tivesse incluído a cidade no Interrail. O que seria uma pena, porque é uma cidade interessante, por vezes desvalorizada, mas que tem o seu encanto.
14. Bulgária
Passei pouco mais de um dia em Sófia, e agora vejo que não foi das melhores opções. Estamos sempre a aprender, não é? A Bulgária tem muito para oferecer, acredita! Tenho pena de não ter ficado mais dias na cidade, gostava muito de ter feito um desvio e ter ido ao Mosteiro de Rila. Ficará para outra oportunidade, sem dúvida.
15. Grécia
Da Grécia conheci Salónica e Atenas. Adorei a acrópole, e todas as zonas antigas, mas a cidade em si não me fascinou. Para dizer a verdade, até fiquei um pouco desiludida. Não sei porquê, esperava mais, talvez. Mas irei voltar, porque me faltam as ilhas e outros sítios como Delfos. Só que não me vejo em Santorini com uma quantidade enorme de turistas. Tenho de ir numa altura em que tenha menos gente, ou preparo-me para mais uma desilusão.
16. Itália
Fui a Itália em trabalho, à cidade de Pisa. É uma cidade pequenina, que se vê muito bem em dois dias, e da qual gostei. Tem a famosa Torre de Pisa, claro, mas a cidade é mais do que isso. Tem imensas ruas e ruelas estreitas que nos levam a lugares bonitos. Em Itália, quero ainda ir a Milão, Roma, Florença, Veneza, e a mais umas quantas cidades pelo caminho. Na verdade, quero muito percorrer Itália de comboio (sim, eu tenho uma paixão por comboios).
17. Mongólia
Mongólia, a minha querida Mongólia. Estava muito ansiosa para conhecer este país de estepes intermináveis e achava que ia ser dos sítios que mais me ia impressionar no transiberiano (a partir daqui já é transmongol, na realidade). Não me enganei. A Mongólia é aquele país que ainda não foi estragado pelo turismo de massas, que ainda tem uma alma muito própria, e em que as pessoas olham para nós – ocidentais – na rua e querem tirar fotografias connosco. É aquele país com uma paisagem natural incrível, onde grande parte do povo é nómada, onde percorrer os campos a cavalo é uma actividade do dia-a-dia. É aquele país onde a natureza está no seu estado mais puro, e cuja capital Ulan Baatar é uma confusão de prédios da época soviética, ao lado de templos budistas, ao lado de edifícios modernos em vidro, ao lado de gers tradicionais. A Mongólia é tudo isto e muito mais. Espero que continue sempre assim.
18. China
Na China realizei dois dos meus sonhos: visitar os Guerreiros de Terracota em Xi’an e percorrer a Grande Muralha da China. Explorar uma parte não restaurada da muralha é das melhores sensações que tive até hoje. Longe de Badaling, longe da confusão de turistas nacionais e estrangeiros, tive a muralha quase toda só para mim. Eu e ela, a relembrar toda a história que por ali passou. Pequim, essa, também me surpreendeu. Mas acho que ainda gostei mais de Xi’an.
19. Japão
Um sonho tornado realidade. Sempre quis ir ao Japão, mas por ser tão longe e tão caro, outros destinos foram sendo postos à frente. Tive a oportunidade de ir a Gifu em trabalho, de onde aproveitei para dar um salto até Nagoya. Muito ficou por explorar, como é óbvio, mas foi um primeiro contacto com esta cultura que ansiava há tanto conhecer. Não me desiludiu nem um pouco, o Japão é tudo aquilo que esperava e ainda mais. Fiquei rendida. E voltarei.
20. Canadá
O meu vigésimo país apareceu como uma oportunidade de trabalho. Estou pelo Canadá há menos de um mês, e vou ficar um total de 6. Ainda só consegui explorar um pouco de Victoria, British Columbia, mas este país tem imenso para oferecer. Não é por acaso que foi considerado um dos destinos para 2017. Venham todos, de certeza que serão bem recebidos! Eu fui, mal aterrei vinda da Europa. Muitas aventuras me esperam por aqui!
E tu, já estiveste em alguns destes países? Quais gostarias de visitar?
Vinte países é sem dúvida um número impressionante, Catarina! Adorei ler a tua descrição dos lugares pelos quais passaste em cada país, especialmente porque fiquei com aquele ‘bichinho’ de querer viajar e adicionar mais uns quantos de destinos à minha bucket list! 😉
Concordo totalmente com o que disseste sobre Portugal, também eu ando a tentar descobrir um pouco mais o nosso país, especialmente depois de ter emigrado… penso que viver lá fora nos abre (ainda) mais os olhos para o quanto o nosso país é lindíssimo!
Da tua lista, para já apenas posso dizer que visitei Espanha, França, Alemanha, Países Baixos e República Checa… espero um dia ter tanto para contar quanto tu!
Beijinhos!
Ainda bem que gostaste Ester! Viajar é uma coisa maravilhosa, não é? Há tantos lugares incríveis para conhecer… Espero que tenhas oportunidade de ver o mundo inteiro 😀 Aos poucos, vamos conseguindo desvendar este lindo planeta Terra.
Imagino que quando se emigra, o nosso país passe a ter um valor ainda maior do que já tinha. As saudades devem ser muitas! Mas acredito que até é bom irmos para fora durante uns tempos, porque passamos a valorizar mais aquilo que há em Portugal, e temos novas ideias de como as outras podiam ser diferentes.
Mas que sonho!! Para mim, não há nada melhor do que viajar, conhecer sítios novos, experimentar outras gastronomias, cultura, modos de estar, de viver. Acho que é messmo uma das experiências mais enriquecedoras de sempre e, para mim, pessoas viajadas são sempre pessoas interessantes e estimulantes 🙂 tu saltaste já para o top das bloggers mais interessantes e prometo que vou acompanhar-te bem de perto por aqui (e tenho a certeza que vai ser um prazer!).
Ainda não tive a oportunidade de conhecer tantos países como tu, e acho que o interrail podia ser uma boa forma de colmatar essa falha! 🙂 este ano já tenho duas cidades europeias agendadas mas gostava muito de pular fronteiras e ir visitar o Oriente!
Vou inspirar-me aqui neste teu cantinho!
Obrigada pelo teu comentário & um beijinho grande
Oh Sara, é tão bom ver-te por aqui! Obrigada pelo carinho, espero que te consiga inspirar e que também viajes pelas minhas palavras (durante o período em que não viajas “a sério”). Concordo inteiramente contigo, viajar é mesmo uma das experiências mais enriquecedoras que se pode ter, por isso é que faço das viagens uma prioridade na minha vida. Acredito que nos torna pessoas melhores, mais tolerantes, e mais abertas ao que é diferente.
Sem dúvida que o interrail é uma excelente forma de conhecer mais países, e o velho continente tem imenso para oferecer! Enquanto o oriente não chega, há imensos destinos pertinho de Portugal (e mesmo dentro do nosso país) que merecem ser explorados. Mas espero que tenhas oportunidade de ir a esses destinos mais longínquos, onde a cultura contrasta com a nossa. Aprendemos imenso quando estamos em situações diferentes – sobre o mundo, e sobre nós próprios também.
Beijinhos, e obrigada por teres passado por aqui.