Conhecida como a terra do gelo e do fogo, a Islândia tem paisagens naturais para todos os gostos. Cascatas, vulcões, caldeiras, rios, lagos, montanhas, campos… E, claro, glaciares. De todas as paisagens que é possível ver neste maravilho país, os glaciares foram, para mim, o ponto alto desta viagem.
Glaciares não são mais do grandes massas de gelo comprimido, que são formadas devido a camadas sucessivas de neve que se vai compactando. Apenas existem em regiões onde a queda de neve é maior do que o degelo.
No entanto, devido às alterações climáticas, os glaciares estão a sofrer mudanças profundas e a diminuir de tamanho a uma velocidade demasiado rápida. Na Islândia isto não é excepção.
Vamos conhecer dois dos glaciares que existem no país, antes que seja demasiado tarde.

Glaciar Sólheimajökull (Mýrdalsjökull)
Sólheimajökull é uma língua de gelo que tem origem na parte sudoeste do glaciar Mýrdalsjökull, o quarto maior glaciar da Islândia. Desde 1930, altura da primeira medição deste glaciar, o gelo recuou mais de 1700 metros. Em 2011, começou a formar-se uma lagoa glaciar, que tem vindo a crescer à medida que o glaciar vai derretendo.
Este foi primeiro glaciar que vi na Islândia e nunca tinha estado tão perto de um até então. Ao vê-lo, mesmo ali à minha frente, houve algo dentro de mim que despertou.
Já tinha ficado impressionada com paisagens antes, mas nunca ao ponto de me emocionar profundamente. Aqui, junto ao Sólheimajökull, os meus olhos começaram a ficar húmidos e por pouco não verti uma lágrima. Que lugar especial!



Glaciar Vatnajökull
Vatnajökull é maior glaciar da Islândia, e a maior da Europa em termos de volume. Cobre quase 10% do país, apesar de também ter vindo a diminuir de tamanho nos últimos anos, devido maioritariamente às alterações climáticas.
O primeiro contacto que tive com este glaciar foi em Svínafellsjökull, uma língua de gelo que tem origem na parte sul do Vatnajökull. As minhas fotografias não conseguem fazer jus a este lugar. Tudo em relação a este glaciar é absolutamente magnífico: as dimensões, as cores, a forma única das suas formações de gelo…
Depois de visitar Svínafellsjökull, tive ainda a oportunidade de conhecer as grutas de gelo do glaciar Vatnajökull, em Breiðamerkurjökull. Se visitares a Islândia durante o Outono-Inverno, não deixes de fazer esta visita!



Guia prático
Como chegar
A maneira mais prática de percorrer a Islândia é através de um carro (ou outro veículo) alugado. Foi assim que chegámos até estes glaciares, seguindo sempre a Ring Road (a estrada que circula a Islândia).
A estrada está muito bem sinalizada e em boas condições. Tem apenas em atenção as condições climatéricas e de estrada, especialmente se viajares durante o inverno.
Todos estes locais têm parque de estacionamento.
Alojamento
Como éramos um grupo de 6, decidimos ficar alojados em apartamentos em praticamente todos os locais da Islândia por onde passámos. Na noite antes de visitar o glaciar Sólheimajökull, ficámos alojados numa casa de campo bastante agradável. Depois, seguimos para Este e fomos dormir a Kirkjubæjarklaustur, numa casa com uma vista magnífica.
Na noite antes de visitar o glaciar Vatnajökull, ficámos alojados num bungalow incrível perto da lagoa glaciar Jökulsárlón. No entanto, depois de visitar o glaciar e a lagoa, fomos dormir a Reyðarfjörður, numa casa espaçosa.
Se viajares com menos pessoas, de certeza que também vais encontrar boas opções de hotéis ou pousadas junto ao glaciar Vatnajökull e à lagoa Jökulsárlón. É só questão de procurar.
Alojamento perto da lagoa Jökulsárlón
Deixa um comentário