Tinha deixado a St Mary Redcliff Church para o último dia da minha estadia em Bristol. Não foi propositado, apenas aconteceu. Mas quis o universo, os deuses, ou pura sorte que, no dia da minha visita, estivesse a decorrer o Bristol Open Doors. Durante um fim-de-semana de Setembro, temos acesso a edifícios e a zonas privadas de diversos espaços, que normalmente não estão abertos ao público em geral.
Nesta igreja gótica, cuja construção começou no século XII e terminou no século XV, havia visitas guiadas – e completamente gratuitas! – ao telhado e à torre dos sinos. Eu nem queria acreditar! Inscrevi-me logo nas duas visitas. A primeira iria começar dali a 2 minutos, e a outra seria imediatamente depois de ter terminado a primeira. Pareceu-me um excelente tempo de espera.




O telhado da igreja
De bolinha amarela colada na camisola, que distinguia aqueles que iam ao telhado, comecei a subir umas pequenas escadas no fundo da igreja. O corredor era extremamente estreito, e cheguei a duvidar se conseguia passar. Chegados a um primeiro patamar, conseguimos observar toda a igreja de um ponto mais elevado. Novo lance de escadas e, depois de alguns degraus irregulares, chegámos ao telhado.
É uma sensação estranha, estarmos no topo de uma igreja. Lá em cima, o nosso guia, um sorridente septuagenário chamado Andrew, ia explicando em que zona da igreja é que nos encontrávamos. “Aqui é a capela, ali é coro”, ia-nos informando.
Foi-nos explicando, também, o que eram os diversos edifícios que se conseguiam observar. Na verdade, não é possível ver Bristol inteira dali, devido à localização da igreja em relação à cidade. No entanto, é o edifício mais alto. Nenhum outro que seja construído o pode ultrapassar.




A torre dos sinos
Substituindo a bolinha amarela por uma laranja, aguardei que a visita à torre começasse. Como era um pouco mais tarde, o grupo era composto por mais pessoas. Subimos pelas mesmas escadas através das quais tinha ido para o telhado. Agora, já sabia que passaria no corredor apertado.
Ao chegarmos ao patamar, subimos por umas escadas diferentes, e fomos dar a uma pequena sala. Ali, explicaram-nos como funcionavam antigamente os sinos da igreja. Hoje em dia, é um processo automático, mas antes tinham de ser várias pessoas a puxar os cabos. Para demonstrar como era feito, um grupo de quatro pessoas, ligadas à paróquia, puxavam os cabos, produzindo uma combinação de sons melodiosa.
Quando a demonstração terminou, tivemos ainda a oportunidade de subir até à torre onde os sinos se encontravam. E não é que começaram a tocar enquanto estava por lá?




Guia prático
Como chegar
Existem voos directos entre Lisboa e Bristol pela easyJet. É a única companhia que oferece voos sem escalas. De resto, há voos de várias cidades inglesas e europeias para Bristol, nomeadamente Londres, Dublin, Bruxelas e Paris. Há ainda voos directos de Faro para Bristol, maioritariamente devido ao número de ingleses que pretendem passar o verão nas praias algarvias.
Já dentro do Reino Unido, há comboios das principais cidades inglesas para Bristol, com ou sem mudanças noutras localidades. Também existem autocarros que fazem o mesmo trajecto e, geralmente, são mais económicos do que os comboios.
Alojamento
Estive em Bristol 3 semanas, a realizar um projecto na University of Bristol. Assim, queria um alojamento que fosse perto da universidade. Das opções que me deram, acabei por escolher o 178 St Michaels Hill. É uma casa com cozinha totalmente equipada, e máquina de lavar (e secar) roupa. Além disso, a casa é perto de supermercados, restaurantes e bares. É uma boa escolha para visitas mais longas.
Existem outras opções mais perto do centro da cidade. No entanto, como Bristol não é muito grande, qualquer localização será boa. Andando um pouco mais ou um pouco menos, rapidamente se chega ao centro e à cidade velha.
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